É como se ele escapasse pelos meus dedos sem que eu tivesse TEMPO de segurá-lo, é como se ao mesmo TEMPO em que ele levasse muita coisa, as trouxesse de volta. Através dele vou a um passado (passado?) que de forma alguma parece estar tão longe, principalmente quando passeio na riqueza de detalhes de cada experiência. Lembro de cada risada, conversa, brilhos no olhar e cumplicidade que TEMPO algum apagará. Ainda que minha memória falhe, esses momentos estarão aqui de alguma forma, na felicidade atual que revela alegrias antigas.Tenho amigos que jamais deixarão de ser amigos, que terão um pouco de mim e estarão sempre comigo. Conhecem de mim uma parte que talvez eu mesma esqueça, e precise deles para me relembrar... Tenho amigos que se eternizaram na suavidade e na bobeira de momentos que conseguiram congelar esse TEMPO que insiste em se apressar, que como menino sapeca, brinca de ir e vir só para ver como reagimos a ele. Tenho amigos que não me veem mais, mas não sabem que sempre estiveram presentes. Não sabem que chegam até a mim por todos os sentidos, que uma foto nunca traz um único momento, que o que faz um cheiro ser doce ou suave é o que ele me faz reviver. Se eu pudesse, trazia-os todos para perto de mim em momentos como esse, em que você parece dar-se conta de que o que "passou" não volta, porque na verdade nunca saiu de você. Mas, mesmo estando sempre aqui, há dias em que você daria tudo para ter alguma coisa concreta para se apegar, e talvez não há nada mais desejado nessas horas que os cúmplices de tudo isso para abraçar, para que você,TEMPO, mesmo que queira fugir, não tenha como escapar...
Andreia Almeida
Lugar especialmente presente nessas linhas: Colégio Tony..
29/03/2012
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