quarta-feira, 27 de março de 2013


Ultimamente tenho pensado muito sobre a falta de respeito que temos pela liberdade alheia. Tenho sentido muito a falta de pessoas que me conquistaram, mas ao mesmo tempo, tenho sofrido tanto com a falta de compreensão e a cobrança exacerbada por atenção, que repenso a ausência das pessoas que gosto e não me permito cobrá-las. Acho que amizade é isso também, conquista é isso, você saber que o bem maior é exatamente esse: o carinho conquistado. Se a pessoa não está por perto, é bem verdade que pode ser que você não faça para ela a mesma falta que ela faz para você, ou que a dimensão do que ela representa para você seja bem maior que o contrio, mas e daí, deixar-se conquistar traz esses riscos... e  essas não são as únicas possibilidades. Ela pode estar ocupada com outras coisas, em um momento diferente, entregue a outras pessoas. E a ausência não significa falta de carinho, pelo contrio, as amizades que cultivam o respeito têm disso: dão espaço ao outro, sabendo que no momento que você precisar, essa aparente distância não importará mais, porque se chamar, ele virá até você, com o mesmo cuidado e o mesmo carinho de sempre! 
Andreia Almeida

quarta-feira, 20 de março de 2013


E foi assim... :]


Em: 16/01/2013
Às vezes se torna realmente difícil saber o que fazer. O medo da decisão errada é tão grande, que te paralisa. E, para ser sincera, se ainda existe tanto receio, talvez o melhor mesmo seja ficar parada, e pagar para ver. Claro que o incômodo existe, mas a esperança... ah... essa esperança, que insiste em sempre se manter por perto, e a gente não sabe se isso é bom ou ruim, é que nos faz ficar quietos. Você tem que decidir com qual dor prefere ficar no momento: se com essa causada pela  aflição pelas coisas não estarem como você  gostaria, ou a dor causada pelo medo de não ter arriscado tudo que poderia. Acho que vou, pela primeira vez, ficar com a primeira, porque pelo menos, até agora, o preço parece valer a pena. Não tem mesmo como a gente prever muita coisa em nossas vidas. Eu não gosto, não me faz muito bem, mas tenho que aceitar, que algumas vezes, esperar é mesmo o melhor remédio. Agora, COMO esperar é que fará toda a diferença. Há que se ter calma nessa espera, e buscar o que irá trazê-la. E, nessas horas, vale livros, filmes, amigos, chocolate, DANÇA, DANÇA, DANÇA e muita, muita MÚSICA para se manter no ritmo desejado... há que se ter nessas horas coisas que nos preencham para que não esqueçamos que se o "melhor" não acontecer, estaremos bem da mesma forma, porque há muita coisa lá "fora". São tantos sonhos... tantas metas... tantos desejos... tanta vontade de fazer mais, descobrir mais, realizar e ajudar... que no mínimo, a vontade de ir ao encontro de tudo isso, e ao encontro de si mesmo, através de tudo isso,  virá mais forte logo depois. É sempre assim.
AndReia Almeida


segunda-feira, 11 de março de 2013

Pode ser que um dia as coisas façam mais sentido, enquanto isso, talvez seja melhor não pensar tanto nelas. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Entre tantos programas bobos e sem conteúdo, um muito simples desperta minha atenção: Chegadas e partidas, com Astrid Fontenelle. Nada de sofisticado. O programa é gravado em um aeroporto, onde a apresentadora com muita sensibilidade e bom humor, aproxima-se dos que vão e vem, esperando, chegando ou partindo. Acho aquilo ali a metáfora da vida, e não haveria lugar melhor para o programa ser gravado que um aeroporto. É ali mesmo que em um abraço de quem parte ou de quem chega cheio de saudade, toma-se consciência de como as pessoas, às vezes, ocupam um espaço em nós maior do que imaginam, e do que nós mesmos imaginávamos . Mas é ali também, em um aeroporto, que se dá o início do novo, da busca do novo, através dos que passam  ansiosos pelas novas experiências que estão indo viver mundo afora. E o que seria a vida sem isso? Sem esses momentos que fazem nossos sentimentos pelo outro serem extravasados nas lágrimas incontidas e no abraço que parece querer segurar as pessoas queridas para sempre com a gente? O que seria a vida sem o novo?? Sem a curiosidade que nos faz ter a coragem e a ousadia da busca? Creio que muito sem graça. Nós não podemos saber por quanto tempo teremos determinadas vivências e pessoas que no momento são tão importantes para nós, afinal, as novas experiências trazem o encanto do novo, mas por tabela, também nos afastam de algumas pessoas e atividades muito ricas. E é por isso mesmo, por não podermos ter com a mesma intensidade, sempre,  a convivência com esses que nos são tão caros e algumas atividades que nos fazem tão bem, que é preciso nos darmos a eles, sem medo, no momento presente em que nos foram dados como presentes!! É preciso dar-se todo em entrega, em todos os momentos que podemos tê-los e não pouparisos, abraços, olhares, conversas e declarações do quanto foi importante para nós conhecê-los. Ando resgatando uma prática antiga: cartinhas para os amigos, dessas manuscritas mesmo, para que mais que as palavras, eles guardem minha letra, o cheiro do papel que às vezes leva, por que não, até algumas lágrimas que ousaram cair enquanto meu coração dava-se conta do que representam, enquanto falo sobre eles e nosso encontro. E isso tudo, essa renovação constante, essas "chegadas e partidas" é que fazem com que nós também nos refaçamos como pessoas e estejamos sempre nos re-NOVando! 
Andreia Almeida de Oliveira